Duzentos trabalhadores da Lusosider foram avisados, no dia 11, por mensagem de telemóvel enviada pela administração, para não se apresentarem ao trabalho na semana de 14 a 18. Para o Secretariado da Comissão Concelhia do Seixal do PCP, este facto é motivo de «extrema preocupação».
Conta o PCP, no seu comunicado de dia 17, que «por pressão dos trabalhadores, que continuam a apresentar-se ao serviço, a administração deu conhecimento à Comissão de Trabalhadores que a produção estava parada devido ao baixo preço da chapa laminada» e comunicou ainda que até ao final de Novembro os trabalhadores «devem permanecer em casa e justificar as faltas recorrendo a férias, descanso compensatório ou banco de horas, enquanto aguardam a aplicação de lay-off». Os comunistas lembram que a Lusosider se comprometeu com o Estado português a alargar a produção e aumentar os postos de trabalho, como contrapartida do investimento público na construção do ramal ferroviário junto às suas instalações.
O PCP exige a intervenção da ACT e do Governo para pôr cobro ao que considera uma «violação dos direitos destes trabalhadores» e para obrigar a empresa a cumprir com o que acordou com o Estado.